Para o delegado da Polícia Civil, esse crescimento se deve aos reflexos causados pós-pandemia

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O delegado explica ainda quais medidas estão adotadas para mudar essa realidade

Rômulo Ávila/Itatiaia

Os roubos e furtos de motos em Belo Horizonte cresceram quase 30% ano passado em relação a 2022. Os dados, revelados nesta terça-feira (16), foram divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Nas ruas da cidade, esse número reflete no aumento do medo e da insegurança dos motociclistas. “Está terrível, né? A pessoa não pode dar bobeira senão ficará sem o bem”, disse Sérgio Rodrigo de Jesus Ventura, que é moto Uber. Ele disse que inseriu um alarme no veículo. “Eu coloco alarme, tranco, mas, mesmo assim, os caras arrumam um jeito de ultrapassar essas barreiras”, conto.

O motoboy William Kennedy também disse que tem medo. “Paro aqui porque tem um rapaz que, às vezes, fica olhando. Mas, mesmo assim, é muito arriscado”, disse.

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Adílio Francisco contou que já viu colegas da profissão perderem o meio de trabalho no Centro da capital. “Eles roubam a moto do trabalhador que tem boleto para pagar, tem prestações altas… O governo não dá um incentivo, não dá nada. A gente se sente inseguro”, acrescentou.

Para o delegado da Polícia Civil, Sérgio Belizário, chefe da divisão especializada em prevenção e investigação a furtos e roubos de veículos, esse crescimento se deve aos reflexos causados pós-pandemia. “Após a pandemia, onde houve a volta de circulação de pessoas e de veículos, consequentemente, do número de crimes”, disse.

O delegado explica ainda quais medidas estão sendo adotadas para mudar essa realidade: “Então estamos atacando a origem: o mercado paralelo e a revenda de peças. Temos feito várias prisões, várias investigações nesse sentido para darmos uma resposta efetiva à sociedade”, acrescentou. (com informações do repórter Leonardo Patrus)

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