Pressionado por servidores e até deputados aliados, governador Romeu Zema (Novo) apresentou nova proposta para igualar inflação de 2023

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Líder de Zema na ALMG, João Magalhães (centro) diz que governo chegou “ao limite” com proposta de 4,62%

Henrique Chendes / ALMG

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vota, em sessão nesta quarta-feira (5), o projeto de lei do governador Romeu Zema (Novo) que concede reajuste de salário aos servidores civis e militares do Estado de Minas Gerais.

O projeto inicial previa uma recomposição de 3,62%. No entanto, nesta terça-feira (4), uma emenda elevou o percentual para 4,62% após um acordo entre Zema e sua base no Legislativo mineiro. A emenda precisa passar pela comissão da ALMG, em segundo turno, para ser levada à votação final, no plenário. A previsão é que isso aconteça somente nesta quinta-feira (6).

O líder do governo Zema na Assembleia, deputado João Magalhães (MDB), defendeu a nova proposta do governador e frisou que o governo chegou “no limite” do que pode oferecer ao funcionalismo público.

“O governo já chegou no limite, que é a reposição da inflação do ano anterior. Respeitamos a iniciativa da oposição, mas vamos trabalhar para que as emendas sejam rejeitadas”, afirmou.

Do outro lado, deputados da oposição ao governador e parlamentares ligados às forças de segurança tentam convencer os colegas a aprovarem uma outra emenda, que prevê um reajuste de 10,67% ao funcionalismo para igualar a inflação acumulada desde 2022.

Reajuste para os servidores

O texto-base do Projeto de Lei 2.309/2024, que concede aos servidores públicos um reajuste de 3,62% foi aprovado na semana passada. No entanto, ao longo da tramitação da proposta na Assembleia Legislativa, 55 emendas foram apresentadas para tentar elevar os índices em benefício do funcionalismo público.

A proposta assinada pelo governador Romeu Zema encontrou resistência até mesmo por parte da base de governo no Legislativo mineiro. Em vídeo divulgado no início da manhã, o chefe do Executivo se comprometeu com um aumento de um ponto percentual — o que faria com que o reajuste chegasse a 4,62%, que é o mesmo percentual da inflação apurada no ano de 2023.

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