A mãe relatou que a abordagem foi exagerada e confirmou que agrediu um policial para proteger os filhos

Gêmeos presos usando camisas da 'Polícia Privada' não resistiram à abordagem, afirma mãe
Os dois foram presos no último sábado (21) em BH

Os dois irmãos gêmeos, de 36 anos, que foram presos em Belo Horizonte no último sábado por estarem usando camisas com escrito ‘Polícia Privada’, não resistiram à abordagem, como afirmaram os policiais militares que atenderam a ocorrência. Essa é uma versão da história contada pela mãe deles, de 60 anos, que também foi presa, por desobediência.

A família foi abordada na Praça Engenheiro Lenine Savini, no bairro Planalto, na região Norte. Os dois irmãos estavam usando esses ‘uniformes’, onde também havia a bandeira de Minas Gerais e o brasão da república federativa do Brasil, parados em frente a um supermercado. Segundo a PM, os dois resistiram à abordagem. Um deles foi algemado, enquanto o outro fugiu correndo. Um tempo depois, ele voltou, acompanhado da mãe deles.

Em conversa com a reportagem da Itatiaia, ela confirmou que, ao se deparar com a situação, partiu para cima dos agentes para proteger os filhos e que, de fato, deu um soco no peito de um policial. Ela relata que um dos filhos foi algemado sem resistir e, no momento e que uma militar usaria uma arma de choque para contê-lo, foi impedida pela mãe e, em seguida, presa.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher ameaçou os militares, dizendo que “iria colocar os bandidos da favela atrás” deles. Porém, em conversa com a reportagem da Itatiaia, a mulher nega ter dito isso. Mas admite que bateu nos policiais militares durante a abordagem.

“Em nenhum momento eu falei isso, o que eu fiz eu assumo. Eu dei um soco mesmo, isso eu confirmo, mas ameaçar eles, isso não é verdade. Para defender meu filho eu fiz isso, porque ele ia morrer”, relata.

Questionada sobre o motivo dos filhos estarem usando as camisas, ela relatou que eles fizeram cursos de segurança e não sabiam que usar as camisetas era crime. Os dois já teriam trabalhado como seguranças antes e, por isso, estariam em busca de novas oportunidades.

Os dois foram presos por usurpação de função pública, que consiste em tomar para si, de forma indevida, uma função pública. A pena para o crime pode ser de três meses a dois anos.

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