Presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, pregou união e pacificação durante ato que marca um ano dos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro

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Presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, pregou pacificação do país em ato que marca um ano dos ataques antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023

Sentado à esquerda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e em meio a um seleto grupo de autoridades que ocupou o palco do ato Democracia Inabalada, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), despertava atenção da plateia à espera do discurso que faria na posição de representante do Poder Legislativo. Nessa cerimônia, que marcou o aniversário de um ano dos ataques antidemocráticos contra os Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023, Pacheco antecedeu a declaração de Lula e, ao longo de cerca de cinco minutos, pregou pela união e pacificação do país, ainda dividido e mergulhado em polarização política. “O Brasil precisa de pacificação e união. Só´assim venceremos a polarização, que nos divide e nos enfraquece. Invocamos, nesse sentido, um compromisso geral e mútuo de superação dessa fase de divisão que atormenta o Brasil”, declarou. “Invocamos um compromisso geral para trabalharmos lado a lado para garantir algo que é básico, mas é tão caro a todo brasileiro: dignidade”, acrescentou.

Apesar do tom bastante polido, Pacheco não hesitou em afirmar que o Brasil convive com o radicalismo político-ideológico e em classificar como ‘traidores da Pátria’ aqueles que adotam comportamentos golpistas “Digo a todos os brasileiros que os Poderes permanecem vigilantes contra os ‘traidores da Pátria’, contra essa minoria que deseja tomar o poder ao arrepio da Constituição”, pontuou. “Estamos sempre abertos ao debate, ao pluralismo e ao dissenso, mas nunca toleraremos a violência, o golpismo e o desrespeito à vontade do povo brasileiro”, completou.

O presidente do Congresso citou também os riscos das campanhas de desinformação para a democracia — gesto repetido pelo ministro Alexandre de Moraes e pelo presidente Lula, que, nesta segunda-feira (8), defenderam aberta a regulação das redes sociais. “Os inimigos da democracia, que não representam a vontade popular, recorrem à desinformação, à desordem, ao vandalismo, para simular a força que não possuem. Os inimigos da democracia disseminam ódio para enganar e recrutar uma parcela da sociedade. Os inimigos da democracia usam um falso discurso político para ascender ao poder, para nele se manter de maneira ilegítima e para dissimular suas reais intenções”, disse. Durante a declaração ao público, composto por parlamentares, ministros de Estado, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), prefeitos e governadores, Pacheco argumentou que a força das instituições garantiu a manutenção da democracia no Brasil e reforçou que a solenidade de um ano do 8 de Janeiro não era um ato político. “Este é um momento para reafirmarmos a força da democracia e o nosso compromisso com os valores democráticos”, disse.

Pacheco destaca presença de presidente da Assembleia de MG diante da ausência de Zema em ato do 8 de Janeiro

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou a presença do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB-MG), no ato ‘Democracia Inabalada’. A menção a Tadeu Leite no momento em que cumprimentava as autoridades presentes no evento — ministros de Estado, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares, governadores e prefeitos — coincide com a ausência do governador Romeu Zema (Novo). “Me permito saudar o presidente da Assembleia Legislativa do meu estado de Minas Gerais, Tadeu Martins Leite”, disse Pacheco. O cumprimento acentua a falta de Zema que, até domingo (7) à noite, não havia confirmado presença na cerimônia. Mas, nesta manhã, decidiu vir e, em uma reviravolta, não compareceu à solenidade.

Depois do encerramento do ato, Zema publicou um esclarecimento nas redes sociais e disse que não compareceu ao ato sob a alegação de que ele se tornou político. O discurso de Pacheco, no entanto, está na contramão da fala do mandatário mineiro. “Este não é um ato político, tampouco de força. Este não é um ato meramente simbólico”, declarou.

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