Com quatro anos de atraso, o governador Romeu Zema (Novo) entregou o título de cidadania honorária de Minas Gerais ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A homenagem ocorreu no fim da tarde desta segunda-feira (28), no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Do lado de fora, manifestantes a favor e contrários ao político do PL precisaram ser separados por policiais militares.
O pedido para uma homenagem a Bolsonaro foi assinado pelo governador, em um decreto publicado ainda no ano de 2019 – primeiro ano de mandato de ambos – após requerimento encaminhado ao chefe do Executivo estadual pelo deputado Coronel Sandro (PL). No entanto, uma cerimônia oficial nunca chegou a ser realizada.
Há cerca de duas semanas, o próprio parlamentar reuniu assinaturas de 26 colegas para que a homenagem pudesse sair do papel e ser realizada no Legislativo estadual.
Em seu discurso, Zema disse que encontrou “ministérios de portas abertas” durante o governo Bolsonaro (2019-2022) e alfinetou os governos petistas de Dilma Rousseff, à frente da Presidência da República entre 2011 e 2016, e de Fernando Pimentel, que o antecedeu no Palácio Tiradentes.
“Ao longo do processo de redemocratização, Minas Gerais foi, aos poucos, sendo deixada de lado. E as demandas históricas que dependiam de Brasília, se transformaram em uma eterna promessa. Se convencionou dizer que o motivo era um suposto desalinhamento político de quem governava esse estado com quem estava na Presidência. Porém, mesmo quando houve alinhamento, Minas permaneceu sem relevância”, afirmou Zema em seu pronunciamento, ao dizer que uma das marcas de sua gestão foi tratar os prefeitos de forma igual.