Quem procura o imunizante fica na lista de espera
A rede privada de saúde em Belo Horizonte não tem mais a vacina QDenga, imunizante da farmacêutica Takeda que protege contra o vírus da dengue. Araújo, Hermes Pardini, laboratório São Marcos e laboratório São Paulo informaram à Itatiaia que o imunizante se esgotou.
A empresa Takeda disse, por meio de nota, que está focada em fornecer doses compradas pelo Ministério da Saúde, e que não pode se comprometer com a iniciativa privada. São 6,35 milhões de doses oferecidas pelo SUS, destinadas para jovens de 10 a 14 anos.
O CEO do Laboratório São Paulo, Daniel Dias Ribeiro, confirma o cenário de escassez de doses: “A gente adquiriu uma quantidade razoável de doses de vacina da dengue, mas foram todas vendidas muito rápido. Então, neste exato momento, a gente está sem é estoque de vacina da dengue. Estamos conversando com quem produz e quem distribui o imunizante. Eles não conseguem nos dar prazo para entrega. A gente já fez a encomenda”, disse. Sendo assim, quem procura pela vacina fica na lista de espera.
Grande BH em situação de emergência
Três pessoas morreram pela doença na capital mineira, segundo o balanço divulgado pela prefeitura, nessa terça-feira (6). A vítima mais recente é uma mulher de 56 anos, com comorbidades, residente na região Oeste. São agora 1952 casos confirmados. Outros 9.558 casos seguem sendo investigados.
Nesta quarta (7), a Prefeitura de BH abriu mais um Centro de Atendimento às Arboviroses, na Praça Modestino de Sales Barbosa, número 100, no bairro Flávio Marques Lisboa, na região do Barreiro. O serviço é exclusivo para pessoas com sintomas de Dengue, Zika e Chikungunya e abrirá todos os dias, das 7h às 22h. Além da unidade no Barreiro, já estão funcionando, todos os dias, os Centro na regional Centro-Sul, Rua Domingos Vieira, 488, Santa Efigênia e Venda Nova, Rua Padre Pedro Pinto, 173.
Na terça (6), a Prefeitura de Santa Luzia declarou situação de emergência em saúde pública em todo o município devido à dengue. É a terceira cidade da Grande BH a declarar emergência em saúde pública. Conforme o órgão, tanto o número de casos suspeitos quanto o de confirmados de pacientes infectados pelo mosquito Aedes aegypti na cidade têm crescido: no caso da dengue, até agora foram 2.683 casos suspeitos e 329 confirmados. Para Chikungunya os suspeitos são 89 e 12 pacientes testaram positivo para a infecção.