Erika de Souza Vieira disse que tinha ótima relação com o tio Paulo
Erika diz que não era cuidadora do tio
Reprodução Globo
Acompanhada pelos filhos, a cabeleireira Erika de Souza Vieira, 42 anos, chorou durante entrevista ao Fantástico, nesse domingo (5). Ela disse não ser o monstro que muitos pregam e garantiu que o tio Paulo Roberto Braga, 68 anos, queria o empréstimo de R$ 17 mil para reformar o cômodo onde morava com a família. Erika foi presa depois de ser flagrada com o tio morto em uma cadeira de rodas durante uma tentava de sacar empréstimo.
Na entrevista, ele disse que tinha ótima relação com o tio Paulo e contou era antes de ficar doente. “A relação era ótima. Ele era independente, fazia o que queria. Ele tinha uma mente boa. Não era cadeirante e eu não era cuidadora dele”, contou.
Erika disse também que a família cuidava do tio mesmo antes de ele ter renda. Paulo passou a receber um salário-mínimo a partir de agosto de 2023, quando ganhou o benefício do Governo Federal – para idosos com mais de 65 anos e baixa renda, o BPC-Loas.
“Ele não tinha renda. O benefício, ele tinha há alguns meses. Nós que ajudamos ele. Ele só fazia um biscate ali, capinava um quintal, esses negócios, mas não tinha uma renda fixa”, disse a sobrinha.
Liberdade
Erika foi denunciada pelo Ministério Público, que destacou desprezo e desrespeito dela pelo tio. A denúncia foi aceita pela Justiça e Erika responde por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver (menosprezar a pessoa morta).
A prisão foi revogada pela juíza Luciana Mocco, que considerou o fato de Erika ser primária, ter residência fixa e não representar risco para a ordem pública, além de ter de cuidar da filha menor de idade que tem necessidades especiais. A cabeleireira deixou a prisão na última quinta-feira (2).
“Foram dias horríveis longe da minha família. Vivi momentos da minha vida que não suportava mais. Muito difícil. Foi horrível eu não percebi que meu tio estava morto. […] Eu não sou essa pessoa que estão falando, não sou esse monstro”, se emocionou.
