Inquérito apura esquema de fraudes em licitações da pasta e crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Foto mostra Prefeitura de Santa Luzia (MG)

Prefeitura exonerou secretário

Reprodução/Google Street View

A Prefeitura de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, anunciou, na noite desta quarta-feira (10), a exoneração do secretário municipal de Obras, Bruno Marcio Moreira Almeida. A decisão foi anunciada horas após a Secretaria de Obras ser alvo de uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que investiga um esquema de fraudes na pasta. O coordenador de Infraestrutura Viária de Santa Luzia, Edson Espíndola Xavier, também foi exonerado.

As duas portarias, assinadas pelo prefeito Luiz Sérgio Ferreira Costa, foram divulgadas no início da noite desta quarta. De acordo com os documentos, Bruno e Edson foram exonerados ‘considerando a necessidade imperiosa de se admitir de forma legal, transparente e idônea servidores para o Município’.

De acordo com o site da Prefeitura de Santa Luzia, Bruno estudou em escolas públicas de Santa Luzia e graduou em Gestão Pública pela Unopar. O agora ex-secretário de Obras já atuou na área de Segurança Pública e trabalhou na Secretaria de Desenvolvimento Social do Minas Gerais, trabalhando em grupamentos especiais de operações com cães, localização de drogas ilícitas e captura de foragidos. Bruno também é técnico em Edificações e, segundo a prefeitura, ‘adquiriu experiência na área de obras acompanhando as reformas e melhorias de instituições do Estado’.

Operação do Ministério Público

A ação conjunta entre MPMG, Polícia Militar e Polícia Civil contou com o cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão contra Bruno, a esposa dele, além de dois fiscais municipais de obras e empresários. São investigados os crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o Ministério Público, as apurações sobre os crimes começaram a partir de indícios de enriquecimento ilícito do secretário municipal de obras, ‘que apresentava evolução patrimonial incompatível com o cargo que ocupa’.

As fraudes foram comprovadas através da quebra de sigilo telefônico, solicitações de relatórios de inteligência financeira a órgãos de controle, além de investigações cibernéticas.

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