Equipamentos na região do bairro Olhos d’Água estão sem funcionar há nove meses, aumentando o risco de acidentes em trecho conhecido por ser perigoso

radar BH

Segundo especialistas, é urgente que esses equipamentos voltem a funcionar o mais rápido possível

Divulgação/BHTrans

Os radares de velocidade no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, na altura do bairro Olhos d’Água, na região oeste da capital mineira, estão desativados há cerca de nove meses. Segundo especialistas, é urgente que esses equipamentos voltem a funcionar o mais rápido possível.

Os dispositivos foram desligados em agosto de 2022, quando a BR-040 deixou de ser administrada pela antiga concessionária Via 040. O trecho em questão não foi incluído na nova concessão, que passou para a empresa EPR, retornando assim à administração do governo federal através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

O DNIT informou que está avaliando a necessidade da permanência dos radares desativados. Enquanto isso, há expectativa de que o Anel Rodoviário seja transferido da administração federal para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em breve.

Risco de acidentes aumenta sem fiscalização

O professor do CEFET-MG e especialista em segurança e educação no trânsito, Aguimar Bento Teodoro, alerta para o aumento do risco de acidentes no local. ”É o trecho do anel que atualmente está sob jurisdição do DNIT, onde ficam os radares mais importantes, na região dos Olhos d’Água, onde geralmente acontecem muitos acidentes e há necessidade de controle de velocidade’’, explica.

Teodoro ressalta que o Anel Rodoviário funciona como uma grande avenida da cidade, com fluxo misto de veículos em viagem e tráfego local. ”Ele não pode ter uma velocidade típica de uma rodovia normal, de 110 km/h, por exemplo. É preciso garantir a segurança de todas as pessoas que estão ali, não somente circulando pelo anel, mas também no entorno’’, argumenta o especialista.

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O trecho em questão é conhecido por uma descida acentuada, o que o torna particularmente perigoso para veículos pesados. ”Ali tem uma descida forte e acontecem muitos acidentes envolvendo veículos pesados, como caminhões e eventualmente ônibus. São veículos que estão às vezes vindo de uma distância longa e podem chegar com o sistema de freio muito aquecido’, alerta Teodoro.

Mesmo com os radares desativados, o especialista lembra que os motoristas devem respeitar os limites de velocidade indicados nas placas, que variam entre 70 e 80 km/h no Anel Rodoviário.

No entanto, ele enfatiza: ”É imperativo que esses radares voltem a funcionar o mais rápido possível. O ideal é que eles não tivessem parado de funcionar, que estivessem sempre ativos o tempo todo’’.

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