Além das motocicletas, quase duas mil pessoas foram presas ou apreendidas pela PM; operação tinha o objetivo de combater a direção perigosa e perturbação causada pelos ‘rolezinhos’
A Polícia Militar apreendeu quase cinco mil motocicletas durante a operação “Ano Novo Seguro”. Durante a ação, realizada de terça-feira (26) até segunda-feira (1º), 4.906 motocicletas foram apreendidas. Somente no domingo (31), foram presas/ apreendidas 738 motocicletas e 320 pessoas.
A operação da polícia tinha o objetivo de combater a direção perigosa e perturbação de sossego causada pelos “rolezinhos”. Além das motocicletas, 1.919 pessoas foram presas ou apreendidas pela PM.
Segundo a polícia, a operação reduziu em menos da metade o número de chamadas ao 190 pelos rolezinhos. No Natal, a PM recebeu mais de 12 mil ligações da meia-noite às 6h. No Ano-Novo, foram realizadas apenas 5.137 chamadas.
Para o coronel Flávio Godinho, diretor de operações da PMMG, todo o efetivo de militares foi utilizado, e isso foi uma das razões do sucesso da ação. “Adotamos estratégias e atuamos com todo o nosso efetivo. Ter retirando das ruas um grande número de motocicletas irregulares, que ainda não foram restituídas, contribuiu para a não realização dos chamados rolezinhos”, afirmou.
O que é o ‘rolezinho’?
A prática consiste em uma reunião de motociclistas para fazer manobras em vias públicas. Normalmente, os envolvidos marcam os eventos pelas redes sociais e encontram-se nas ruas e avenidas, durante as madrugadas, para empinar motos, promover buzinaços e acelerar o motor.
Quem for flagrado empinando motocicleta poderá ser autuado pela conduta, classificada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) uma infração gravíssima. Além de multa no valor de R$ 293,47, o condutor pode perder a permissão de dirigir pelo período de 2 a 8 meses.
Capital do grau
Belo Horizonte foi reconhecida, em agosto de 2022, como a capital nacional do grau, e chegou a ter um espaço destinado para a prática da modalidade. A arena grau ficava em uma área de 58.776m² na avenida Professor Clóvis Salgado, no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha. No entanto, o convênio com a prefeitura para uso do espaço acabou e não foi renovado.