Dupla foi presa no Centro de Belo Horizonte, após perseguição policial; criminosos haviam roubado carro em Betim, na Grande BH
Uma estratégia usada pela delegada Renata Barrote, da Polícia Civil de São Paulo (PCSP), foi o que desencadeou a prisão de dois homens após uma perseguição policial no Centro de Belo Horizonte nesta sexta-feira (29). Quando viu os assaltantes se aproximando da casa dos pais em Betim, na Grande BH, a delegada deixou o aparelho celular dentro do carro, a fim de rastreá-lo depois.
Barrote é mineira, mas atua em São Paulo. Ela estava na porta da casa dos pais, no bairro Filadélfia, e se preparava para viajar. Ela e a família guardavam malas dentro de um carro, quando foram abordados pelos assaltantes.
Os criminosos, então, entraram na residência dos familiares da delegada e roubaram duas televisões, aparelhos celulares e documentos pessoais. Durante todo o assalto, os autores ameaçaram a família com uma arma de fogo. Quando finalizaram o roubo, levaram o carro do pai da delegada, uma caminhonete S10, e fugiram.
No entanto, a delegada teve uma estratégia que desencadeou na prisão de dois homens no centro de BH. Quando viu os assaltantes se aproximando, Renata escondeu a bolsa com o telefone celular embaixo do banco de trás do carro, e acabou usando o rastreamento do aparelho logo depois.
“Quando eu vi que eles [assaltantes] estavam subindo a rua, eu escondi a minha bolsa debaixo do banco de trás do carro. A gente acionou o localizador do celular, eu loguei no aparelho da policial militar e a gente rastreou onde eles estavam e conseguimos achar”, contou a delegada.
A Polícia Militar, então, tentou abordar os assaltantes, mas eles iniciaram uma rota de fuga pela zona sul de Belo Horizonte. Já na região central, na tentativa de fugir dos PMs, o motorista da caminhonete tentou subir no meio-fio para evadir na contramão, mas acabou batendo na traseira de um ônibus na Avenida Amazonas. Um deles tentou fugir a pé, mas acabou preso no Shopping Cidade. Outro foi preso dentro do carro. Segundo os próprios autores, havia um terceiro integrante no grupo, que está foragido.
O carro ficou bastante danificado, mas a delegada afirmou que “esse prejuízo é o menor”. Ela contou, ainda, que utilizou da experiência como agente da PCSP para acalmar os familiares durante o assalto. “Tentei usar da experiência que eu tinha para acalmar meus pais, a minha filha, tentei não reagir, porque o mais importante nesse momento é a nossa vida”, finalizou.