Dados exclusivos revelam aumento de 15% nos casos de estupro no estado; laboratório recebe cerca de 5 mil amostras por ano, com média de 120 casos mensais

Banco de DNA em MG: 70% dos casos são de violência sexual

Banco de DNA em MG: 70% dos casos são de violência sexual

Créditos: CNN Brasil

O Jornal da Itatiaia obteve dados exclusivos sobre o banco de DNA em Minas Gerais, revelando que 70% dos casos investigados são relacionados à violência sexual. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública aponta um aumento preocupante de aproximadamente 15% no número de estupros no estado em comparação ao ano anterior.

O banco de DNA estadual recebe anualmente cerca de 5 mil amostras, das quais a grande maioria está ligada a crimes sexuais. Giovane Vitral, perito criminal chefe do Laboratório de DNA da Polícia Civil, explicou o funcionamento da tecnologia e os tipos de casos mais frequentes: “A gente trabalha com amostra local de crime contra o patrimônio, de crimes de violência sexual, a gente atende paternidade criminal. Por exemplo, de violência sexual, temos uma média de 100 a 120 casos por mês que atendemos de todo o estado.”

Atendimento às vítimas no SUS

Desde abril do ano passado, uma lei determina que mulheres vítimas de qualquer tipo de violência devem ser acolhidas e atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS) em um ambiente que garanta privacidade e restrição do acesso, especialmente do agressor. Estas instalações são conhecidas como ‘salas lilás’.

Em Belo Horizonte, o Hospital Odilon Behrens, a Maternidade Sofia Feldman, o Hospital Júlio Kubitschek e o Hospital Risoleta Neves são referências no atendimento a vítimas de violência sexual. O Hospital Odilon Behrens está expandindo seus serviços: “Vamos levar o atendimento de violência contra a mulher, contra adultos, idosos, adolescentes para a maternidade, e lá inclusive já vamos garantir essa sala lilás nessa formatação do ministério.”

Essas medidas visam proporcionar um atendimento mais humanizado e eficiente às vítimas de violência sexual, garantindo seu bem-estar e auxiliando nas investigações criminais por meio do banco de DNA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *