Criminosos se passaram por representantes de grande rede da Grande BH para levar quase mil fardos da bebida, que foi uma das mais procuradas do Carnaval
Criminosos usaram o nome de uma rede famosa de supermercados da região metropolitana de Belo Horizonte para aplicar um golpe na marca de bebidas Lambe Lambe, que foi uma das mais procuradas no Carnaval de 2024 na capital mineira. Os estelionatários geraram um prejuízo avaliado em R$ 70 mil para a empresa.
Segundo a sócia e diretora comercial da Lambe Lambe, Kalinka Campos, explica que os criminosos passaram pelo trâmite normal que qualquer comprador da marca enfrentaria, como a apresentação de documentos obrigatórios. Um dos criminosos chegou a se apresentar como sócio da rede de supermercados, que tem dezenas de lojas na Grande BH.
A retirada foi realizada diretamente na fábrica da empresa, poucos dias após o Carnaval, e o boleto foi emitido para pagamento após sete dias, como é feito normalmente com qualquer compra à vista. No total, foram adquiridos 964 fardos da bebida
A empresa percebeu que havia caído em um golpe ao tentar agendar uma reunião com os representantes do supermercado para discutir promoções e ações para ativação do produto. O funcionário da rede explicou que eles não haviam feito nenhuma compra com a marca e informou que os criminosos já haviam aplicado outros golpes usando o nome do supermercado.
‘Emboscada’ e prisões
Pouco depois disso, funcionários da Lambe Lambe encontraram anúncios nas redes sociais oferecendo latas da bebida por R$ 5,00, valor bem abaixo do que é praticado pelo comércio. Um representante da marca decidiu entrar em contato com o anunciante e marcar um encontro com o vendedor. Ao mesmo tempo, eles avisaram a Polícia Militar sobre o caso.
No último sábado (2), ao irem até um shopping na região de Venda Nova para encontrarem com o suposto comprador, os dois criminosos foram presos. Aos militares, um deles disse que comprou as latas com um terceiro e repassou um endereço. No local, foram encontrados mais fardos de bebida. Pouco mais de 250 fardos já foram recuperados, enquanto 700 continuam sendo procurados.
Kalinka Campos, sócia e diretora comercial da Lambe Lambe, explica que, até o momento, não recebeu mais informações sobre a investigação. Os dois suspeitos de receptação acabaram sendo liberados após prestar depoimento. A empresária alerta para o modo ‘profissional’ de atuação dos criminosos e explica como o golpe afeta a operação da empresa.
‘A gente ganhou uma grande notoriedade no Carnaval, o momento é muito satisfatório, mas é óbvio que afeta, porque somos uma empresa pequena. Hoje mesmo encontramos anúncios de Lambe Lambe abaixo do preço na internet. Estamos focados em divulgar os meios oficiais de venda, já que além dessa carga ser possivelmente a dos fardos roubados, ela pode ser adulterada e oferecer riscos aos consumidores’.
