Defesa também tentou que Kawara Welch fosse para domiciliar, além de solicitar que a Unimed informasse as consultas que a investigada fez com o médico perseguido
Kawara Welch é suspeita de stalking contra médico mineiro
Reprodução/Redes sociais
A Justiça negou, nesta terça-feira (21), a soltura de Kawara Welch, jovem de 23 anos presa por praticar stalking contra um médico de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. O Poder Judiciário ainda negou outros três pedidos feitos pela defesa da mulher, incluindo uma solicitação para que seus aparelhos celulares fossem restituídos. Kawara é alvo de quase 30 boletins de ocorrência registrados pelo médico e seus familiares em quase cinco anos de perseguição (saiba mais sobre o caso e entenda o que é stalking no fim da matéria).
A decisão é assinada pelo juiz André Luiz Riginel da Silva Oliveira, da Comarca de Ituiutaba, que afirmou que a prisão preventiva da suspeita é ‘absolutamente necessária’. O magistrado vê a ‘existência de indícios de uma perseguição implacável e quase que cotidiana, que já duraria vários anos’. Por isso, a revogação da prisão preventiva não poderia ser concedida.
O pedido de prisão domiciliar também foi negado, já que Kawara descumpriu medidas protetivas em outras oportunidades, inclusive com um ato de violência que acabou fazendo com que ela fosse presa em flagrante. ‘Nem mesmo a decretação da prisão preventiva foi capaz de frear as condutas da acusada’. A defesa chegou a argumentar que Kawara tem problemas de saúde que, segundo o juiz, não foram comprovados. ‘Ficou claro que o tratamento é de natureza medicamentosa, o que pode ser feito dentro do cárcere’.
Outros dois pedidos feitos pelos advogados de Kawara foram negados. Um deles requeria a devolução dos celulares apreendidos pelos policiais: ‘os delitos e os descumprimentos de medidas protetivas, em boa parte, se deram com o uso de celulares, razão pela qual os aparelhos constituem instrumento do crime e também meio de prova, visto que as partes, eventualmente, podem até requerer algum tipo de perícia’.
Já o outro pedido era para que a Unimed fosse obrigada a informar as consultas que Kawara teve com o médico perseguido por ela: ‘o pedido não merece acolhida, eis que a acusada, na qualidade de consumidora, pode, por conta própria (mediante seu procurador), requerer tais dados do plano de saúde, não havendo necessidade de intervenção judicial’.
‘Bebê Rena’ mineira
Kawara Welch foi presa no dia 8 de maio, na sala de aula de uma faculdade. A jovem, que se diz artista plástica nas redes sociais, é acusada de crime de stalking contra um médico de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Kawara Welch teria começado a alimentar uma obsessão pelo médico após uma consulta e tinha a expectativa de ter um relacionamento amoroso com ele. CLIQUE AQUI para saber mais sobre o caso.
O que é stalking?
De acordo com a lei 14. 132 de 31 de março, do art. 147-A ao Código Penal, o crime de perseguição – Stalking – é quando uma pessoa persegue alguém, por qualquer meio, seja por mensagens ou pessoalmente. A pena varia de seis meses a dois anos de prisão, além de multa.