Mestre de obras de 50 anos não teria aceitado o término do relacionamento de 25 anos e, por isso, assassinou Adriana Geralda Farias, de 49 anos, na comunidade Vila Apolônia; defesa alega que suspeito tentou se entregar três vezes
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Adriana Geralda Farias tinha 49 anos
Reprodução/Redes sociais
A Justiça de Minas Gerais decretou, nesta quinta-feira (26), a prisão do homem de 50 anos suspeito de matar a própria esposa a tiros no último dia 12 de dezembro na comunidade Vila Apolônia, região de Venda Nova, em Belo Horizonte. O advogado que representa o suspeito alega ter levado seu cliente três vezes à delegacia da Polícia Civil para que ele fosse ouvido e se entregasse, mas o investigado não teria sido recebido pelos agentes (relembre o caso no fim da matéria).
O mandado de prisão foi assinado pela juíza plantonista Lívia Lúcia Oliveira Borba. A magistrada alegou que existem indícios de que Aldair cometeu o crime de feminicídio, o que justificaria a prisão preventiva: ‘a legislação processual penal autoriza a decretação da prisão preventiva apenas em casos imprescindíveis, por ser medida subsidiária, seja no curso da fase investigatória ou processual, com o objetivo de garantia do processo, para alcance dos seus fins’.
Além disso, a juíza alegou que a manutenção da liberdade do suspeito pode causar intranquilidade ao meio social da família da vítima: ‘o contexto fático subjacente ao caso concreto revelou acentuada periculosidade da conduta do representado, com maior risco de sua liberdade e abalo da ordem pública, com extremo potencial lesivo, tornando a medida cautelar de segregação máxima proporcional, adequada e razoável’.
Advogado critica Polícia Civil
A Itatiaia conversou com o advogado Ramon dos Santos, que representa o suspeito. Ramon alegou que levou seu cliente três vezes a uma delegacia da Polícia Civil para que ele fosse ouvido e se entregasse, mas as delegadas não teriam recebido o suspeito. Essa informação, inclusive, é citada pela juíza na decisão que determinou a prisão do suspeito: ‘A Defesa manifestou pelo não acolhimento (da prisão), vez que o acusado tentou comparecer à Delegacia para esclarecer o evento, porém não conseguiu, é primário, a prisão é a última via e não se fazem presentes os requisitos da preventiva”.
O advogado também disse que o mandado de prisão ainda não foi cumprido e seu cliente segue em liberdade. Porém, assim que o mandado for cumprido, ele vai entrar com um pedido de habeas corpus em favor do suspeito.