Episódio não está relacionado com o foco encontrado no Rio Grande do Sul, de acordo com o Palácio Tiradentes
Caso foi investigado em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte
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Um caso suspeito de gripe aviária em animais de Sabará , na região metropolitana de Belo Horizonte, foi analisado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e apresentou resultado negativo. A informação foi confirmada pelo governo do Estado à Itatiaia nesta terça-feira (20).
“A ação integra o conjunto de medidas rotineiras PNSA, executado pelo IMA desde 2022, com foco na vigilância ativa e passiva de doenças aviárias. Cabe ressaltar que o episódio em Sabará não está relacionado ao foco detectado no Sul do país”, destaca o Executivo em nota.
O governo, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) reforça ainda que não há registros de casos confirmados de gripe aviária no estado .
Carga de ovos será descartada
O Palácio Tiradentes detalhou que os órgãos envolvidos seguem finalizando o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados e demais materiais no Centro-Oeste de Minas Gerais provenientes da granja onde o foco de gripe aviária foi encontrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul.
O rastreamento de ovos férteis produzidos nessa granja ainda está em andamento. “Caso necessário, novas medidas preventivas poderão ser adotadas. Possíveis impactos para o setor produtivo e para os consumidores das medidas que estão sendo adotadas seguem em análise”, pontua.
De acordo com o governo, o processo de descarte inclui “rigorosa sequência de etapas”. Os itens passam por um processo inicial de desinfecção, depois são enterrados e incinerados. “Todas as medidas que estão sendo tomadas fazem parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), firmado entre União, Estados e setor produtivo em 2022, quando surgiu o primeiro foco da doença na América do Sul”, explica o Executivo.
A medida, segundo o governo, foi necessária para garantir o controle sanitário, “seguindo planos prévios para possíveis ocorrências do tipo”, garantindo “contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor” em Minas.
“É importante ressaltar que a gripe aviária leva as aves à morte, mas não representa risco para a população por não ser transmissível por meio do consumo da carne ou ovos. Cabe ainda explicar que ovos férteis são aqueles usados para fecundação e produção de aves, e não para consumo direto”, destaca.
Prevenção
O governo de Minas, a Seapa e o IMA garantem que têm se mobilizado para conter a chegada da doença no estado, investindo em políticas de prevenção, rastreio e controle sanitário da gripe aviária, além de manterem contato direto com o Ministério da Agricultura e Pecuária.
“Continuamente, o IMA vem realizando as ações do Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle (PNSA), ciclo 2024/2025, em articulação com o Mapa, que promove estratégias de vigilância epidemiológica para as doenças avícolas de controle oficial: newcastle, salmonelose e micoplasmose”, conclui o governo.
As ações citadas incluem medidas de biosseguridade das granjas comerciais, políticas de educação sanitária e vigilância nas propriedades classificadas como risco, além do cadastro e vistoria em criatórios de subsistência.