Fé é business, comunismo é business, capitalismo é business
Em tempos como os nossos, está todo mundo preocupado em ganhar e vender. Nem a religião está imune a isso. Aliás, isso é coisa antiga. Basta ver a indignação de Jesus com os vendilhões do tempo.
Só que hoje, mais do que nunca, “crença” é questão de negócio. Mas calma, antes que afoitamente se critique os padres e os pastores (os que, aliás, merecemos muitas críticas), nos atenhamos a indagações mais profundas.
Terminamos nossa última coluna destacando a relação que existe entre a fixação contemporâneo pelo sucesso e a “fé”. Com certa dose de ironia e com o devido respeito ecumênico, o que Igreja Católica derreteu de ouro na Contra Reforma, fazendo o deslumbramento do Barroco tingir de dourado os principais aspectos do catolicismo, foi levado à máxima potência por certos ramos protestantes, ao fazer da pregação de muitos cultos um grande roteiro de empreendedorismo.
Vigiem-se os ossos da tumba de Lutero. Nem os Medici chegaram tão longe. Os papas da renascença “vendiam” o céu.