Polícia identificou responsável por enviar mensagem para Jéssica Vitória Canedo instigando que ela se matasse

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Jéssica Canedo, de 22 anos, cometeu suicídio após ser vítima de fake news nas redes sociais

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta quarta-feira (6), as investigações sobre o caso de suicídio da jovem Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, após receber ataques por um suposto caso amoroso com o humorista Whindersson Nunes. Uma jovem de 18 anos, do Rio de Janeiro, foi indiciada por instigar a morte da mineira.

Durante coletiva, foi confirmado pelo delegado do caso, Felipe Oliveira, Jessica forjou os prints sobre o caso e criou contas falsas para entrar em contato com as páginas de fofoca. A jovem era mineira de Araguari, no Triângulo Mineiro, e passou a receber ameaças e mensagens com incentivos para tirar a própria vida.

Uma destas mensagens, identificada pela PCMG, foi enviada em 19 de dezembro do ano passado, três dias antes do crime, através do direct do Instagram. “Essa pessoa mandou uma mensagem para ela falando para ‘pegar uma faca se matar logo’”, descreveu o delegado.

Ela [Jéssica] viu a mensagem. Foi uma jovem de 18 anos que é da cidade do Rio das Ostras, do Rio de Janeiro, que enviou”, acrescentou Oliveira. A pessoa, que não teve a identidade revelada, foi ouvida pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) e indiciada pelo crime de instigação ao suicídio.

“Na instigação direta a gente identificou apenas um usuário. Em comentários de redes sociais são eventuais crimes contra honra, mas, pra isso, precisa ter uma representação da família, o que não ocorreu até hoje”, explicou o delegado durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta.

Conforme informado pela Polícia Civil de Minas Gerais, a jovem do Rio de Janeiro é a única pessoa indiciada pelo caso. Páginas que divulgaram os prints falsos criados por Jéssica não serão punidas.

“Só é punido a título de dolo, ou seja, a pessoa tem que ter desejado que a pessoa cometesse suicídio. Não existe previsão culposa desse tipo de crime”, acrescentou o delegado. “A única pessoa que teria feito isso de forma dolosa foi essa jovem do Rio de Janeiro, que acabou sendo indiciada”, encerrou.

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