Deputados aprovaram substitutivo apresentado pelo relator, deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), que rejeitou quase 50% das mudanças que haviam sido feitas durante tramitação no Senado
Sessão do Plenário da Câmara
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O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (9), por 437 votos favoráveis e 1 contra, o projeto que trata das mudanças promovidas pela reforma do Ensino Médio. O texto estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e define as regras para a política nacional de ensino médio.
Os deputados aprovaram o substitutivo do relator do projeto, Mendonça Filho (União Brasil-PE), que acatou apenas metade das alterações feitas pelo Senado Federal.
O parlamentar excluiu, por exemplo, a obrigatoriedade da oferta de línguas estrangeiras, incluindo a disponibilização de língua espanhola, que foi um pleito de deputados da base do governo.
O texto estabelece que a carga horária mínima anual será ampliada de forma progressiva para 1.400 horas, considerados os prazos e as metas estabelecidos no Plano Nacional de Educação.
A carga horária mínima anual será de 800 horas para o ensino fundamental e de 1.000 horas para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.
A matéria também define que a União terá que desenvolver indicadores e estabelecer padrões de desempenho esperados para o ensino médio, que serão referência nos processos nacionais de avaliação, a partir da Base Nacional Comum Curricular.
A matéria estipula que, no planejamento da expansão das matrículas no ensino médio em tempo integral, deverão ser observados critérios de equidade para assegurar a inclusão dos estudantes em condição de vulnerabilidade social, da população negra, quilombola, do campo e indígena e das pessoas com deficiência nas diferentes etapas e modalidades educacionais estabelecidas na legislação.
Parlamentares de partidos de esquerda, como o PSOL, PT e PCdoB, reclamaram da decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que votar os destaques de forma simbólica, suprimindo o debate e as indicações de bancada. No entendimento de Lira, o placar da votação, com todas as indicações para o voto “sim” mostra qual o posicionamento do Plenário, minimizando a ausência do debate.
O texto segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).