Crime ocorreu na madrugada de segunda-feira (26); vítima foi velada nesta manhã no Cemitério da Saudade
O bombeiro militar reformado, de 61 anos, suspeito de matar o policial penal Wallysson Alves dos Santos, de 44, em um bar no bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte, passará por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (27). Esse é o momento em que o preso é apresentado ao juiz, que avalia a prisão em flagrante e a necessidade de manter o investigado preso ou não. O encontro está marcado para as 14h10.
Despedida
Familiares e amigos se despediram do policial, no Cemitério da Saudade, na mesma região. “Minha família está com um buraco no peito. Infelizmente, meu irmão não voltará mais. Mas a gente não pode deixar que se repita com as outras famílias”, disse Bruno Márcio, irmão da vítima. “A gente não sabe ele (o criminoso) tinha algum distúrbio psicológico, mas ele não poderia ter o porte de arma. É deixar uma bomba-relógio à solta”, complementou.
Ele lembra que o Wallysson foi criado em uma família humilde e batalhou muito durante toda a vida. “Ele passou por situações muito difíceis, mas, graças a Deus, a minha mãe deu estudo e ele conseguiu se tornar um cidadão de bem, fez concurso, passou e trabalhava muito”, contou.
O crime
A Polícia Militar (PM) foi acionada na rua Tenente Freitas, 258, e encontrou a vítima sangrando muito e ainda respirando. O policial penal foi socorrido para o Hospital João XXIII, passou por cirurgia, mas não resistiu e acabou morrendo.
Testemunhas contaram à corporação que o policial e o bombeiro estavam bebendo juntos e que, em determinado momento, o bombeiro questionou o policial penal sobre o porquê dele estar armado. Assim, teria se iniciado uma discussão entre os dois.
Ainda conforme o relato de quem estava lá, o bombeiro saiu, foi em casa, buscou o revólver e atirou diversas vezes no policial penal, fugindo de moto logo em seguida. Contudo, os militares encontraram o suspeito. Ele foi preso e o revólver calibre 38. apreendido.
Secretaria de Segurança Pública acompanha o caso
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou, por meio de nota, que lamenta a ocorrência envolvendo dois profissionais. “A pasta acompanha os desdobramentos da investigação iniciada pela Polícia Civil de Minas Gerais e as providências adotadas pelo Corpo de Bombeiros Militar para a devida elucidação dos fatos”, disse.
Além disso, a secretaria disse que se solidariza com os familiares da vítima e que prestará o suporte necessário à família de Wallyson.