Tim e Du Santos, bonequeiros de Ribeirão das Neves, são os responsáveis por criar e produzir o robô de 3,8 metros; projeto ganhou repercussão internacional

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Dupla de bonequeiros mineiros foi a responsável por destaque da Mocidade Independente de Padre Miguel

Arquivo Pessoal/Tim Santos e Du Santos – Reprodução/Instagram/@riocarnaval

O trabalho de dois irmãos artistas de Ribeirão das Neves, na Grande BH, chamou a atenção da Marquês de Sapucaí durante a apresentação da comissão de frente da Mocidade Independente de Padre Miguel, na noite de terça-feira (4), no Carnaval do Rio de Janeiro.

Tim Santos, de 42 anos, e Eduardo Santos, de 43, são bonequeiros há duas décadas e, neste ano, levaram a arte para o palco do maior espetáculo da terra. Eles são os criadores do robô gigante que foi a estrela da comissão de frente da escola. O boneco de 3,8 metros de altura era totalmente articulado e precisou de cinco pessoas para ser manipulado na avenida.

“O Marcelo Misailidis (coreógrafo da comissão de frente) queria representar uma espécie de Pinóquio, um boneco de madeira que queria ser gente. Então, seria um robô que queria ser humano, mas que ainda sim precisa das pessoas para ser manipulado”, explica Tim Santos. Durante a apresentação, os dançarinos representaram o momento em que a tecnologia ainda dependia do homem.

De BH para o Carnaval do Rio de Janeiro

Tim integra a Companhia Catibrum de Teatro de Bonecos, em Belo Horizonte, onde atua como bonequeiro, cenógrafo, cenotécnico e manipulador de bonecos. Já seu irmão, Eduardo, atualmente mora em Curitiba e também trabalha com bonecos, adereços e mascotes.

Apesar da distância, os dois sempre encontram um jeito de trabalharem juntos e não foi diferente dessa vez. Tim conta que o convite para fazer o robô surgiu a partir de um trabalho de Eduardo na capital paranaense.

“Meu irmão fez um boneco do tamanho do robô da Mocidade para um balé do Teatro Guaíra, em Curitiba. O coreógrafo do balé, Alan, conhecia o Marcelo (coreógrafo da comissão de frente da Mocidade) e o convidou para assistir o espetáculo. Ele foi, gostou do boneco e conversou com o Alan, que nos repassou o convite. Foi uma surpresa. A gente nunca tinha trabalhado com o Carnaval, mas era uma curiosidade. Como trabalhamos com arte, sempre imaginávamos como as coisas eram feitas”, diz.

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