Belo Horizonte contabiliza 144 dias consecutivos sem precipitação; a Copasa volta a garantir que não existe o risco de desabastecimento
Reservatório Serra Azul, na Grande BH
Copasa/ reprodução
O país inteiro enfrenta a maior estiagem desde o início dos registros da série histórica, em 1950, segundo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Em Minas, são mais de 140 dias sem chover e não há previsão de uma melhora. Nas próximas semanas, os reservatórios que abastecem a capital estão 23% mais baixos na comparação com o mesmo período do ano passado.
O de Serra Azul, na Grande BH, está com mais de 70% da capacidade e não há motivo para alerta. Isso porque, por enquanto, não existe o risco de desabastecimento, conforme o Ronaldo Serpa, que é superintendente da unidade de negócio metropolitano da Copasa. “Está faltando chuva, mas, por enquanto, não há um risco de faltar água. A região metropolitana de Belo Horizonte é abastecida por um sistema integrado composto por dois sistemas de produção: o Paraopeba e do Rio das Velhas”, disse.
Leia também: Onda de calor continua a atuar em MG, e termômetros podem marcar 37ºC
Onda de calor: Inmet renova alerta laranja de ‘perigo’ para cidades de MG; veja quais
Onda de calor continua em BH e MG com máxima de 38 °C; confira a previsão do tempo
O sistema do Paraopeba é composto por três lagoas, que estão com a capacidade de 62% do volume total guardados disponíveis para o abastecimento. “O sistema Rio das Velhas é composto por uma captação direto do rio. Então, a Copasa, estrategicamente, vai utilizando dessas duas fontes distintas de produção para fazer o equilíbrio do abastecimento em garantir a água para toda a população”, disse.
Ainda segundo o especialista, os últimos dois anos foram marcados por muita chuva e que encheu os reservatórios. “A gente vem de um período muito bom de chuva. Os reservatórios são construídos justamente para isso”, explicou.
Mesmo assim, o uso consciente da água deve ser mantido. “Isso é fundamental em todo o ano. A água é um bem natural e deve ser preservado. A população deve evite o desperdício, não lavando a calçada com água, não lavando carro com mangueira e não deixando a torneira aberta enquanto está executando as atividades da cozinha, por exemplo”, afirmou.
“Existem sistemas isolados de cidades menores que são abastecidos por poços ou por captações de pequeno porte. Nesses locais, durante o período de estiagem, é natural que tenha menos águas nos rios. A Copasa tem poços reservas e vem fazendo ações como manobras operacionais”, finalizou.
