Os casos serão investigados pelo Ministério Público em conjunto com as polícias civil e militar, além da Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em conjunto com o Ministério Público e as polícias civis e militares, publicaram uma portaria que estabelece uma força tarefa para investigar e prevenir casos de ameaças praticadas contra as deputadas estaduais de Minas Gerais.

Em agosto deste ano, pelo menos sete mulheres que ocupam cargos políticos no Brasil sofreram ameaças de morte e estupro. Minas Gerais foi o estado com maior número de registros, com quatro no total, sendo duas das vítimas deputadas estaduais. Uma vereadora de Uberlândia também sofreu ameaças de estupro corretivo no início deste mês.

A portaria, assinada pelo Presidente da ALMG, o deputado Tadeuzinho (MDB), e pelo Procurador-Geral do estado, Jarbas Soares Junior, foi publicada nessa quinta-feira (14), e entrou em vigor na mesma data. Ficou estabelecido, a partir do documento, as funções de cada ógão na investigação.

Estarão envolvidos na força-tarefa os promotores de justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, Mauro da Fonseca Ellovitch e Paula Ayres Lima, representantes do Ministério Público; o delegado-geral de polícia, Adriano Assunção Moreira e a delegada Cristiana Pereira Gambassi Angelini, representantes da Polícia Civil; e o coronel Fausto Machado de Oliveira, representante da Assembleia Legislativa e da Polícia Militar.

Relembre as ameaças

Nas últimas duas semanas, sete mulheres que ocupam cargos políticos sofreram ameaças de morte e estupro, em diferentes partes do Brasil. Minas Gerais, entretanto, é o estado com maior número de registros, com quatro no total.

Mais recentemente, a deputada estadual Lohanna França (PV) recebeu um e-mail onde o criminoso afirmava que iria estuprá-la, depois matá-la junto com toda sua equipe e família. A deputado afirma que esta é a quarta ameaça que ela recebe em menos de um ano.

Antes dela, a deputada Bella Gonçalves (Psol) já havia recebido ameaças de “estupro corretivo”. Segundo a pesquisadora Lívia de Souza, do Instituto René Rachou da Fiocruz Minas e do Grupo Violências, Gênero e Saúde, o estupro corretivo é “a ideia da violência sexual como maneira de corrigir a orientação sexual das mulheres, voltado para mulheres lésbicas, eventualmente bissexuais, numa tentativa de que agora com essa violência ela vá gostar de homens por causa disso”.

Na Câmara Municipal de Belo Horizonte, as vereadoras Iza Lourença (Psol) e Cida Falabella (Psol) também foram alvo de mensagens ameaçadoras. Estes três casos já viraram inquérito e estão sendo investigados pela polícia mineira.

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