Uma mulher que integrava o grupo alegou ter sido mantida em cárcere privado por um dos suspeitos
Operação foi realizada no Status Motel, no bairro Parque Industrial Novo Reino, em Coronel Fabriciano
Arquivo PMMG
A Polícia Militar de Minas Gerais prendeu cinco pessoas em flagrante na manhã desta quarta-feira (19) em uma operação realizada no Status Motel, localizado no bairro Parque Industrial Novo Reino, em Coronel Fabriciano. A ação policial atendeu ao chamado de uma funcionária do estabelecimento que relatou gritos e choro de criança vindos de uma das suítes.
Os presos foram identificados como Wander Pyter Torres de Oliveira, de 31 anos, Matheus Fillipe Pereira Silva, de 23, Andriele Pereira Silva, de 25, Andrea Tereza Ferreira, de 26, e Leidiane Silva de Oliveira, de 21. Todos são naturais de Coronel Fabriciano e foram autuados por tráfico ilícito de drogas. Wander também responde pelos crimes de estupro e cárcere privado.
O chamado e a intervenção policial
O atendimento teve início às 8h42 desta quarta-feira. Os policiais encontraram Andrea Tereza Ferreira, Matheus Fillipe Pereira Silva e Andriele Pereira Silva do lado externo das suítes, sendo que esta última estava com uma criança no colo.
Ao ouvirem gritos de socorro vindos do interior da suíte 225, os policiais foram obrigados a forçar o portão para adentrarem no local e libertar Leidiane Silva de Oliveira, que estava sendo mantida em cárcere privado por Wander Pyter Torres de Oliveira.
O relato da vítima
Em depoimento aos policiais, Leidiane Silva de Oliveira disse que todos os envolvidos passaram a noite anterior em sua residência consumindo bebida alcoólica. Durante a madrugada, o grupo decidiu se dirigir ao motel para usar maconha e continuar bebendo.
O grupo acionou um veículo por aplicativo e se dirigiu ao Status Motel, levando consigo uma criança de dois anos de idade, filho de Andriele Pereira Silva. A criança permaneceu no quarto enquanto todos faziam uso de maconha, configurando o crime de exposição de vida ou saúde de outrem a perigo.
Após consumirem a droga e produtos do motel, Wander passou a se recusar a pagar as despesas. Nesse momento, Leidiane, Andriele, Andrea e Matheus saíram do quarto para tentar negociar com a funcionária do estabelecimento, oferecendo um celular como garantia de pagamento.
O cárcere privado e a tentativa de estupro
Segundo o relato da vítima, quando ela retornou à suíte para buscar seu celular que havia ficado no quarto com Wander, ele a impediu de sair e tentou tirar a roupa da jovem à força, chegando a rasgar sua blusa e agarrá-la de maneira violenta.
Leidiane tentou deixar o quarto, mas foi impedida por Wander, que trancou a porta, arrebentou o fio do telefone e quebrou o acionador do portão eletrônico para impedir que ela saísse ou fizesse contato com a recepção do motel. A jovem só conseguiu ser libertada após a intervenção dos policiais militares, que forçaram a abertura do portão.
O Conselho Tutelar foi acionado para comparecer ao local e orientou que a criança fosse deixada com algum familiar da genitora. Assim, o menor ficou sob os cuidados da mãe de Andriele Pereira Silva.