‘Quem tem arma em casa, entregue’, disse o pai do jovem que abriu fogo na Escola Estadual Sapopemba
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A arma utilizada pelo adolescente no ataque na Escola Estadual Sapopemba, em São Paulo, era legalizada e pertencia ao pai do suspeito. Nessa terça-feira (24), o homem, de 51 anos, que trabalha como motoboy, compareceu à delegacia e disse que se arrepende do porte. “Arma é uma coisa negativa. Quem tem arma em casa, entregue. Tive por 29 anos e nunca usei. Olha a tragédia que causou na minha vida”, disse o pai ao Metrópoles.
Nessa segunda-feira (23), o adolescente matou uma aluna e feriu outros três estudantes. O agressor foi detido e encaminhado ao 70ºDP (Sapopemba). As investigações seguem em andamento.
O pai contou que comprou a arma em 1994. “Tinha um trabalho de risco. Muitos funcionários andavam armados, mas é uma besteira. Na época, era moleque novo”, disse. Segundo relatos, durante o fim de semana o jovem vasculhou a casa e encontrou tanto o revólver calibre 38, quanto as respectivas munições.
O responsável ainda relatou que cogitou em entregá-la as autoridades antes do ataque. “Teve aquelas campanhas de desarmamento, eu morava em outra casa, em São Mateus [zona leste]. Era bem inseguro, o muro era baixo, eu tinha um pouco de medo e não me desfiz”, afirmou. “Como mudei agora para uma comunidade, e não é um ponto visado, até estava pensando em me desfazer”, disse.
Ele disse que nunca imaginou que o filho pudesse cometer um atentado. “Estou muito abalado com o que aconteceu. Não via potencial no meu filho para cometer uma tragédia dessa”, acrescentou.