Entre 2023 e março de 2025, o estado teve quase 4 mil pessoas atingidas por disparos; os dados são da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)

arma de fogo

Os números alarmantes são da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)

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Minas Gerais registrou a morte de quase 4 mil pessoas atingidas por disparos de arma de fogo entre 2023 e março de 2025. Somente nos três primeiros meses deste ano, o estado contabilizou mais de 400 assassinatos a tiros. Os números alarmantes são da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Diante da gravidade desses casos, especialmente quando os ferimentos atingem regiões vitais como a cabeça, o peito ou o abdômen, especialistas destacam a importância do atendimento rápido para aumentar as chances de sobrevivência das vítimas.

Rodrigo Muzzi, gerente do complexo hospitalar de urgência da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, unidade que frequentemente recebe pacientes baleados, explicou que as perfurações por arma de fogo são, na maioria das vezes, casos mais graves.

“Raramente é um acidente, onde o disparo pode ser involuntário. Normalmente, a intenção de quem atira é de matar a vítima. Por isso, os tiros são geralmente mais sérios, particularmente quando envolvem as regiões crânio-encefálica, tórax e abdômen”, explicou.

O calibre da arma também influencia na gravidade do trauma, sendo calibres maiores associados a lesões mais severas. A maioria desses pacientes necessita de algum tipo de intervenção cirúrgica.

Ele contrastou essa situação com acidentes de carro ou moto, onde a orientação é não mover a vítima e aguardar o resgate. No caso de trauma penetrante, principalmente no tórax, como um tiro no peito que atravessa de um lado para o outro, quanto mais rápido o paciente chegar ao hospital, maiores são suas chances de sobreviver.

Em termos de primeiros socorros imediatos, a principal ação recomendada é tentar estancar o sangramento. Identificar o local do sangramento e aplicar pressão local para tentar controlá-lo pode ser vital antes da chegada da ajuda especializada ou do transporte para a unidade de saúde.

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