O que parece apenas um problema de ‘bafo’ merece atenção, higiene e acompanhamento veterinário

O mau-hálito em cães, conhecido clinicamente como halitose, pode pode ser o primeiro indício de doenças bucais e até sistêmicas. A halitose é definida como odor oral desagradável persistente, muito comum em cães e gatos, e frequentemente servem como indicador de doenças dentárias ou mais graves.

Segundo um estudo publicado na Scientific Electronic Archives (2020), a doença periodontal é a principal causa de halitose em cães. Esses odores surgem da decomposição bacteriana de resíduos alimentares e tecidos orais, liberando compostos sulfurados voláteis (CSV), como o sulfeto de hidrogênio, produzidos por bactérias anaeróbias que se acumulam na gengiva e entre os dentes.

Quando não tratados, os processos infecciosos podem evoluir para inflamações que comprometem ossos e tecidos, levando à perda dentária e até a infecções em outros órgãos, como coração e rins.

De acordo com o dentista-veterinário Marco Antonio Leon-Roman, membro da Associação Brasileira de Odontologia Veterinária (ABOV), “é errado esperar e ‘deixar juntar mais’ [tártaro] para o tratamento. O proprietário deve procurar imediatamente um especialista”. Ele explica que o mau-hálito não é uma simples questão estética.“A maioria das doenças orais têm progressão rápida e silenciosa e só pode ser detectada precocemente com a inspeção da boca por um médico-veterinário ou tardiamente pelos tutores”, diz.A Itatiaia listou algumas medidas básicas para prevenir o mau-hálito canino. Confira:

“Identificar a halitose precocemente é uma forma de prevenção de doenças mais graves e de promoção do bem-estar animal”, reforçou o médico-veterinário Marco Croft. Por isso, a atenção diária do tutor, aliada à higiene e à avaliação profissional, é o caminho mais recomendável para garantir a qualidade de vida dos pets e evitar complicações.

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