Segundo o Ministério Público (MPMG), os eventos representavam um “risco concreto e iminente” de contágio e até mortes

Dois eventos que aconteceriam em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram suspensos pela Justiça de Minas Gerais por causa do risco de disseminação da febre maculosa
. A decisão, divulgada nesse domingo (5), atende a um pedido do Ministério Público, que entrou com uma ação civil pública para evitar novas infecções. Duas pessoas morreram
 na cidade.

As festividades canceladas são o “Bonde das Feras”, que seria realizado no Clube do Cavalo, e a “Cavalhada Mirim”, marcada para o distrito de Morro Vermelho.

“Ambos envolvem aglomeração de pessoas e contato com animais de grande porte em áreas próximas a matas, cenário propício à proliferação do carrapato-estrela, vetor da febre maculosa”, informou a nota.

A situação preocupa as autoridades de saúde: escolas da rede municipal chegaram a suspender as aulas para dedetização preventiva.

Segundo o Ministério Público (MPMG), os eventos representavam um “risco concreto e iminente” de contágio e até mortes. A Justiça destacou que, embora as festas possam ser remarcadas, no momento a prioridade é proteger a população.

A decisão vale não só para esses dois eventos, mas também para qualquer outro semelhante que envolva aglomeração e animais de grande porte em áreas de risco.

Por meio de nota, o “Bonde das Feras” informou que “a decisão foi baseada em alegações relacionadas a um possível surto de febre maculosa. Entretanto, destacamos que o nosso evento seria realizado em uma área restrita, no Clube do Cavalo, onde não houve entrada de animais que pudessem representar risco à saúde das pessoas”.

Ainda segundo a publicação, “ressaltamos que se tratava de um show musical comum, sem relação com cavalgadas ou qualquer atividade que envolvesse cavalos ou outros animais. Lamentamos o ocorrido e agradecemos a compreensão de todos”.

A reportagem tenta contato com os organizadores do “Cavalhada Mirim”. O espaço segue aberto caso queiram se manifestar.

Até o fim da semana passada, 29 casos haviam sido confirmados em Minas Gerais, além de quatro mortes – duas em Caeté e duas em Matozinhos, também na Grande BH.

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