Filha do casal diz que o Bradesco não devolve o dinheiro e não estabelece um prazo para resolver problema
Dinheiro é sacado misteriosamente da conta de idosos
Sindicato do Bancários
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o furto de meio milhão de reais da conta de um casal de idosos de Belo Horizonte, clientes do Bradesco. Conforme relatado pela família à Itatiaia, os saques indevidos começaram em maio deste ano e totalizaram e R$400.109 em julho, quando casal descobriu o furto. A filha dos idosos, que não será identificada, conta que procurou a gerente da agência e informou sobre ocorrido, um formulário foi preenchido, mas o dinheiro não foi devolvido até a publicação desta reportagem.
A filha explica que o casal, de quase 80 anos, movimentava a conta apenas presencialmente, sem uso de cartões e, por isso, percebeu os furtos apenas quando recebeu o extrato via Correios.
A filha do casal diz que o Bradesco não devolve o dinheiro e não estabelece um prazo para resolver problema, que tem tirado o sono de toda a família e prejudicado a saúde mental do casal.
“Como meus pais são idosos, eles não têm acesso a cartão. Toda movimentação da conta é presencial. Então, o controle é feito pelo extrato que chega bimestralmente na casa deles. Foi aí que eles viram quando chegou, no dia 31 de julho, que tinha sido sacado, até então, mais de R$ 400 mil da conta, com saques sucessivos no mesmo dia: foram nove saques de R$ 2,5 mil compra no valor de R$ 9 mil, de R$ 12 mil e não foram eles que fizeram”, disse a filha.
A filha destaca ainda que os pais têm a conta poupança há 30 anos e movimenta o dinheiro pouquíssimas vezes, sempre presencialmente. “Estivemos no banco, eu, minha irmã e minha mãe no dia 1º de agosto. Fomos recebidas pela gerente que nos orientou. Nesse intervalo, já tinha sido sacado um outro valor bem considerável, mais de R$ 500 mil, e a gerente nos pediu para fazer um Boletim de Ocorrência. Ela não nos deu nada. Falou que ia investigar e a gente preencheu um papel falando que não tinha dado cartão para ninguém”.
A falta de resposta do banco está prejudicando a saúde do pai. “É um senhor de quase 80 anos que trabalhou muito a vida toda, para ter segurança e essa garantia. Hoje, ele está superansioso, não dorme e fica querendo ir ao banco. Ele foi na delegacia atrás do delegado ver se conseguia ajuda. Minha mãe nunca tinha entrado numa delegacia, tem que ser ela, porque a conta é conjunta do meu pai e da minha mãe. Então, a gente tem que levar, a gente trabalha, falta de serviço. É absurdo a gente ter o dinheiro da gente furtado dentro de uma agência de banco. Meu pai foi furtado”, desabafou a filha, que pede o dinheiro devolvido com correção.