Mesmo com 350 mil vagas abertas no país, setor enfrenta dificuldade para contratar; Abras defende trabalho por hora como alternativa

O setor de supermercados enfrenta um estrangulamento causado pela falta de mão de obra. Mesmo com mais de 350 mil vagas abertas em todo o país, há dificuldade para encontrar quem queira trabalhar. Tradicional porta de entrada para jovens no mercado formal, o segmento vem, ao longo dos anos, perdendo espaço para ocupações informais e mais flexíveis.

“O supermercado durante anos foi o primeiro emprego. E, na medida em que o mercado de trabalho vem se modificando, as pessoas têm procurado uma qualidade de vida melhor e buscado ocupações mais flexíveis. Como o supermercado funciona todos os dias da semana, muitas pessoas estão preferindo outros tipos de trabalho. Isso tem trazido uma dificuldade. Por quê? Porque, por termos sido essa porta de entrada, toda a formação da mão de obra sempre foi feita dentro do supermercado. Mas estamos trabalhando junto com o Exército e com academias no sentido de mostrar que há oportunidades de crescimento na área. Embora seja uma atividade inicial, há uma carreira muito promissora pela frente”, disse ao vice-presidente a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Márcio Milan.

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Ele acrescenta: “Ou seja, é um desafio, é um problema que precisa ser enfrentado para que haja uma solução, até porque o supermercado é a base de tudo. É lá que o consumidor vai primeiro, é onde está o primeiro produto, onde está a alimentação.

E, sem mão de obra, é impossível o mercado continuar funcionando. “O que nós temos observado é também uma movimentação das pessoas com mais de 60 anos, que têm procurado o setor. E uma outra questão que o Brasil vai ter que encarar é o trabalho por hora. No mundo inteiro essa é uma modalidade que atende perfeitamente. Então essa é uma pauta que a Abras também defende: o trabalho por hora.”

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