Análises detectaram altos níveis de amônia e baixa oxigenação da água entre Betim e Esmeraldas; investigação busca responsáveis pelo crime ambiental

O despejo irregular de substâncias químicas no trecho do Rio Paraopeba que corta o Distrito Industrial de Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é apontado como a principal causa da mortandade de peixes registrada entre Betim e EsmeraldasDe acordo com um laudo do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, a água apresentava altos níveis de amônia e compostos nitrogenados, além de baixa concentração de oxigênio, o que provocou um forte impacto na fauna aquática.

O presidente do Comitê, Heleno Maia, explicou que as investigações continuam para identificar a origem e os responsáveis pelo despejo irregular:

“Recebemos os laudos da necropsia dos peixes e das análises da água do Rio Paraopeba. Ficou definido que a contaminação que causou a mortandade dos peixes partiu do Distrito Industrial Renato Azeredo, em Juatuba. A causa foi uma conjunção de fatores, entre eles a redução da oxigenação das águas e a elevada concentração de amônia e compostos nitrogenados. Os achados anatomopatológicos dos peixes apontam hemorragias branquiais e em órgãos da cavidade celomática”, afirmou.Segundo ele, os próximos passos são fiscalizar as empresas da região e identificar quais utilizam amônia em seus processos industriais, para determinar a responsabilidade pelo despejo químico no rio.Os peixes apareceram mortos em 5 de setembro. Desde então, foram realizadas análises a partir da necropsia dos animais e de amostras de água e sedimentos. Os resultados confirmaram hemorragias nas brânquias e em órgãos internos, como fígado e coração.
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