Juros da operação estavam acima do permitido para empréstimo com garantia da União

O Tesouro Nacional não permitiu a contratação de um empréstimo de R$ 20 bilhões que os Correios
 estavam negociando com um consórcio de bancos. A negativa ocorreu porque os juros da operação, em 138% do CDI, estão em patamares acima do que é permitido em transações com garantia da União.

Em nota enviada à Itatiaia, os Correios confirmaram a negativa
 do Tesouro Nacional e afirmaram que trabalham para conferir liquidez ao caixa da estatal. A empresa passa por uma grave crise financeira, com prejuízos na ordem de R$ 6 bilhões, e o empréstimo era parte fundamental para o seu plano de reestruturação.“A Diretoria Executiva dos Correios
 segue trabalhando, em conjunto com os ministérios, na avaliação de alternativas que reforcem a liquidez imediata da empresa, assegurando o andamento das iniciativas necessárias para a recuperação financeira da estatal”, disse.O empréstimo é negociado com um consórcio formado por cinco instituições financeiras: Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra. A garantia da União, é uma exigência do grupo e, na prática, transfere ao governo federal a responsabilidade de pagar as parcelas do financiamento caso os Correios não consigam arcar com o montante.Empréstimo não resolve crise dos Correios, diz ex-membro do Conselho

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Sem o Governo Federal como fiador, a contratação do empréstimo é praticamente inviável, uma vez que as instituições financeiras precisam avaliar a capacidade de pagamento da estatal e a possibilidade de um calote.

Se conseguir o financiamento, os Correios pretendem usar o montante em um plano de três fases: recuperação financeira, consolidação e crescimento. Estão previstos a venda de imóveis, otimização da rede de atendimento, expansão do portfólio para o comércio eletrônico e parcerias estratégicas. Os Correios ainda sinalizaram a possibilidade de operações de fusões, aquisições e reorganizações societárias.

Itatiaia procurou o Ministério da Fazenda para uma manifestação, mas até o momento não houve retorno. O espaço segue aberto.Veja a nota completa dos Correios

A operação de crédito em negociação no valor de R$ 20 bilhões depende de autorização do Tesouro Nacional – que não permitiu contratações com juros acima do limite definido para operações com garantia da União.

A Diretoria Executiva dos Correios segue trabalhando, em conjunto com os ministérios, na avaliação de alternativas que reforcem a liquidez imediata da empresa, assegurando o andamento das iniciativas necessárias para a recuperação financeira da estatal.

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