Texto aprovado em 1º turno prevê que 20% das vagas em concursos serão reservadas para candidatos negros

Câmara de BH aprova projeto que reserva vagas em concursos do Legislativo para negros
Vereadores aprovaram nesta quinta-feira (26) projeto que prevê a reserva de vagas para candidatos negros em concurso da CMBH

Os vereadores de Belo Horizonte aprovaram, em sessão na manhã desta quinta-feira (26), em primeiro turno, o projeto que reserva a negros 20% das vagas em concursos públicos para a Câmara Municipal. 

O projeto foi aprovado com o voto favorável de 35 vereadores e com 5 votos contrários. O texto agora passará por comissões antes de ser novamente analisado pelo plenário para sua votação em segundo turno. 

O vereador Bruno Pedralva (PT) defendeu a aprovação do texto como uma forma de reconhecer uma “dívida histórica” com a população negra do país. 

“É muito fácil falar de direitos iguais quando sua barriga está cheia. Quando temos pai e mãe com emprego, quanto temos uma comunidade que nos apoia. Mas é fundamental reconhecer que a dívida histórica e social se manifesta também nas pessoas, individualmente em cada cidadão negro ou negra, preto ou preta. Eles carregam em si os anos de escravidão do Brasil”, afirmou Bruno Pedralva. 

Contrários ao projeto, os vereadores Bráulio Lara (Novo) e Flávia Borja (PP) afirmaram que a maneira de reduzir as desigualdades sociais no país deveriam partir de investimentos em educação e não estímulo às cotas. 

“Somos contrários às cotas, de todas as formas. Entendemos que todos devem ser respeitados em igualdade de condições perante a legislação. Vamos criar uma solução para reduzir a desigualdade pela educação. Porque aí sim todos vão poder concorrer em igualdade de condições para o que quiserem e não por uma qualificação da cor de pele. Isso sim gera distorções de entendimento”, afirmou Lara. 

Flávia Borja também foi contra o projeto. “A gente precisa dar condições para as pessoas terem condições de competir de igual para igual no mercado de trabalho. Em relação às cotas raciais, temos que mudar as melhores condições de ensino, para não termos mais diferenças”, disse Borja.

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