Impedidos em jogar lixo no aterro de Contagem, Ceasa passa a destinar lixo acumulado para Santa Luzia

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Ceasa tem lixo espalhado por vários lugares

Imagem cedida à Itatiaia

Muito lixo. Restos de alimentos, sacolas e resíduos espalhados ou amontoados. Essa tem sido a realidade na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa). A diretoria detalhou que o problema será resolvido até quarta-feira (10) e que tudo começou após a prefeitura de Contagem, Grande BH, suspender o recebimento dos resíduos no aterro sanitário da cidade.

“Tivemos aqui, desde a semana passada, o problema com o recolhimento e o descarte do lixo. Esse lixo era descartado num aterro sanitário de Contagem, que fica a dois quilômetros do Ceasa. Contudo, fomos surpreendidos com uma nota da prefeitura, através da Secretaria de Obras, que não poderíamos mais descartar esse lixo no aterro de Contagem”, explicou o presidente da Ceasa, Luciano de Oliveira.

Isso gerou um grande transtorno, uma vez que o aterro sanitário mais próximo fica em Santa Luzia, também na região metropolitana, a 22 quilômetros. “Tivemos trâmites burocráticos para fazer a contratação de emergência desse aterro sanitário. Desde sábado (6), o lixo começou a ser descartado nesse novo aterro. Creio que, nos próximos dias, o problema será sanado”, disse.

Ele explica que a Ceasa gera resíduo de, aproximadamente, 40 toneladas por dia. A maioria é composta por lixo orgânico que estraga com facilidade — abrindo o caminho para ratos, baratas e outros insetos como, por exemplo, o mosquito da dengue. “Cerca de 80% desse material é de origem orgânica, ou seja, ele deteriora muito facilmente. Então, um ou dois dias que o lixo deixa de ser recolhido, esse resíduo gera um problema muito grande”, disse.

“Estamos elaborando o plano geral para resíduos sólidos. Isso porque muitos desses materiais que são descartados são orgânicos, podem ser reaproveitados.”

A prefeitura de Contagem suspendeu o contrato com a Ceasa Minas, após algumas tentativas de sanar a questão dos resíduos sólidos que eram levados para aterro sanitário da cidade. Conforme a secretária de meio ambiente, Maria Tereza Mesquita, a central de abastecimento não estaria cumprindo a política nacional de resíduos sólidos, mesmo após algumas notificações e prazo para adequação.

“Desde 2021, a gente tem tratativas com a Ceasa para finalizar esse processo de aprovação do plano de gerenciamento de resíduos sólidos e não tivemos sucesso. Foi suspenso o recebimento desses resíduos pelo fato de a Ceasa não ter apresentado ao município o plano de gerenciamento de resíduos sólidos, sendo um diagnóstico do que ela produz de resíduos e quais os serviços que estão chegando ao aterro sanitário”, explicou.

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