Vitória Alves Silva foi assassinada aos 22 anos pelo ex-namorado, Wallef Cesar Oliveira Gonçalves, de 27 anos, em 7 de agosto deste ano
‘A ferida não cura’, diz mãe de jovem morta pelo ex na av. Antônio Carlos, em BH
Foi realizada nesta quinta-feira (28) a primeira audiência de instrução no processo contra Wallef Cesar Oliveira Gonçalves, de 27 anos. Ele é acusado pelo assassinato da ex-namorada Vitória Alves Silva, morta aos 22 anos.
A Itatiaia conversou com os pais da vítima. A maquiadora Cleonice de Jesus Silva, mãe de Vitória, conta que “a ferida não cura” após quase quatro meses do crime.
Ela relata que o relacionamento da filha com Wallef era “aparentemente normal” e que “se havia algo que deixasse ela desconfortável, ela não compartilhou”.
A mãe afirma que a bebida gerou desconforto e insegurança na filha para um casamento com o acusado, e que, por isso, terminou o relacionamento.
“É uma doença psicológica que eu acho que tem que ser tratada. Mais do que a proteção à mulher, tem que ser tratada na cabeça dos homens. Se não, as mulheres vão ter que ficar fugindo e se escondendo”, pede Cleonice.
Renato Xistos, o pai da vítima, diz que é preciso atenção para as pessoas que entram na sua família e afirma que “ninguém é propriedade de ninguém”.
“Os homens precisam parar com essa questão de achar que a mulher é uma propriedade. Mulher não é propriedade sua. Nunca vai ser e nunca será. Isso é o mínimo”, diz Renato.
Defesa faz pedido
A defesa de Wallef Cesar Oliveira Gonçalves solicitou que ele seja submetido a incidente de insanidade mental. O juiz deferiu o pedido, e a instrução processual está suspensa até o resultado da avaliação médica. O acusado alega fazer uso de bebida alcoólica regularmente e de cocaína.
Relembre o caso
Wallef e Vitória mantiveram um relacionado por cerca de três anos, e chegaram a marcar a data do casamento, que era previsto para novembro deste ano. Porem, três dias antes do crime, Vitória teria decidido terminar o noivado, mas Wallef não respeitou a decisão da ex-noiva e a matou a facadas.
No dia do crime, segundo apurado pela polícia, devido à insistência de Wallef em contactar a vítima, Vitória, com medo do ex, saiu mais cedo do trabalho e foi deixada por um colega próximo a um posto de combustíveis na avenida Antônio Carlos.
E ao perceber que estava sendo seguida pelo ex-noivo, Vitória então teria decidido conversar com Wallef, acreditando estar segura, já que ela estava em um local bastante movimentado. Porem a jovem acaba sendo morta, atingida por várias facadas.