Levantamento de causas de afastamento e análise de padrões orientam ações preventivas e reduzem riscos nas empresas, aponta Sesi-MG

O uso estratégico de atestados médicos tem se tornado um instrumento importante para compreender o comportamento de adoecimento nas indústrias. De acordo com Nayara Madureira Costa, coordenadora de Segurança e Saúde para a Indústria do Sesi de Belo Horizonte, esses documentos oferecem uma base sólida para análise.“Dos atestados podem ser extraídos dados como, por exemplo, motivo do afastamento e tempo de afastamento”, explica à Itatiaia.

Ela destaca que, ao cruzar essas informações com dados sobre cargo, setor e perfil do trabalhador, as empresas conseguem identificar fatores recorrentes e áreas mais suscetíveis.

“Isso permite identificar causas recorrentes, áreas de maior susceptibilidade e oportunidades de intervenção em saúde”, detalha.

Da coleta à inteligência

A análise consolidada dos afastamentos também orienta estratégias de prevenção. Nayara aponta que, ao organizar essas informações por tipo de doença, duração e setor, surgem padrões relevantes.

“É possível identificar padrões e fatores de risco, orientando ações preventivas, melhorias nas condições de trabalho e programas de promoção de saúde direcionados”, afirma.

Ferramentas como painéis de BI, planilhas dinâmicas e softwares de gestão ocupacional apoiam esse processo. Segundo Nayara, esses recursos “permitem cruzar informações de atestados, exames e absenteísmo, facilitando a visualização de tendências e a identificação de grupos de risco”.

A coordenadora também reforça que a gestão dos dados exige cuidados legais. “É essencial garantir o sigilo das informações de saúde, respeitar a LGPD e utilizar apenas dados anonimizados e/ou agregados”, ressalta, ao explicar que esse é o caminho para evitar a exposição indevida de informações individuais.

Os resultados da análise servem de base para definir prioridades internas e desenhar iniciativas mais efetivas. Para Nayara, esse processo contribui diretamente para ações de maior impacto.

“Os resultados permitem direcionar recursos e ações para os principais problemas identificados, priorizando condições de saúde mais incidentes ou setores com maior absenteísmo”, afirma.

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