Rodrigo Caldas, de 45 anos, estava internado no Hospital João XXIII desde o dia do crime; Priscila Azevedo Mundim foi morta em 16 de agosto

O policial penal Rodrigo Caldas, de 45 anos, principal suspeito de matar a companheira Priscila Azevedo Mundim
, está na Casa de Custódia do Policial Penal e do Agente Socioeducativo, em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde permanecerá à disposição da Justiça.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ele deu entrada na unidade na última quarta-feira (20). Desde o dia do crime, estava internado no Hospital João XXIII após tentar tirar a própria vida. O feminicídio ocorreu em 16 de agosto, no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte.
O casal estava junto havia aproximadamente cinco meses. Segundo a Polícia Militar (PM), um tio do policial contou que recebeu uma ligação do sobrinho confessando o crime e afirmando que também iria se matar. Assustado, o familiar acionou imediatamente a corporação, que foi até o local.
Priscila foi encontrada já sem vida. Rodrigo, por sua vez, foi socorrido com uma facada no abdômen.
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Familiares revelaram à Itatiaia que o laudo apontou que Priscila morreu por asfixia mecânica por constrição e traumatismo craniano contuso — ou seja, ela foi enforcada enquanto tinha a cabeça violentamente golpeada.
A vítima deixou dois filhos de outro relacionamento: um jovem de 22 anos e uma menina de 11.
Afastamento
Na semana passada, a Sejusp informou que o policial penal Rodrigo Caldas estava afastado da corporação por motivos psiquiátricos desde 2024. No entanto, essa não era a versão que ele apresentava à família de Priscila.
Segundo um familiar da vítima, Rodrigo dizia que continuava trabalhando normalmente e que teria participado, inclusive, do caso do gari morto em Belo Horizonte, que ganhou grande repercussão.
Fontes da polícia penal também disseram à Itatiaia que Rodrigo efetivamente trabalhou nos dias que antecederam o crime, contrariando a versão oficial da Sejusp.
Além disso, para a família de Priscila, Rodrigo alegava estar em férias-prêmio, benefício concedido a servidores públicos.