As autoridades acreditam que as armas produzidas no local eram distribuídas por toda Grande BH
Polícia desmantela fábrica de armas na região nordeste da capital
Renato Rios Neto/ Itatiaia
A Polícia Militar de Minas Gerais desmantelou uma fábrica clandestina de armas no bairro Jardim Vitória, em Belo Horizonte. A operação, conduzida pelo tático móvel do 16º Batalhão, revelou um sofisticado esquema de fabricação de armas caseiras que operava sob a fachada de uma marmoraria.
Segundo as informações fornecidas pelo tenente Azevedo, os criminosos utilizavam carcaças de airsoft para produzir armas que se assemelhavam a fuzis, mas que na realidade funcionavam como pistolas calibre 380. O local foi estrategicamente escolhido para que o barulho da fabricação das armas se misturasse com o ruído típico de uma marmoraria, evitando assim suspeitas.
Prisões e perfil dos suspeitos
Três indivíduos foram detidos durante a operação: Jones Cláudio de Lima, apontado como o armeiro e já conhecido da polícia por crimes similares; Felipe Silva Assis, supostamente o proprietário do imóvel; e Reinaldo Paulo Cardoso, que atuaria como assistente na fabricação das armas.
O tenente Azevedo destacou que um dos detidos estava diretamente ligado a uma ocorrência anterior, na qual diversas armas de fogo foram apreendidas. ‘Esse quarto autor que hoje foi preso não foi detido naquela oportunidade, mas é um indivíduo de um armeiro de autoconhecimento, de fabricação de armas artesanais’, explicou o oficial.
Impacto na Segurança Pública
As autoridades acreditam que as armas produzidas no local eram distribuídas por toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte, alimentando diversas atividades criminosas.
”A gente conseguiu desmantelar uma organização criminosa que estava interligada na fabricação de armas de fogo artesanal e também, além disso, no tráfico de drogas e a adulteração de veículo automotor’’, afirmou o tenente Azevedo, ressaltando a amplitude da ação criminosa.
A polícia suspeita que a marmoraria funcionava normalmente durante o dia, estando alugada para um terceiro que realizava trabalhos legítimos. No entanto, em horários específicos, o proprietário utilizava o espaço para a fabricação ilegal de armamentos.