Boletim de Ocorrência relata choro e gritos da criança de 4 anos

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Mauro matou a esposa a tiros em Patos de Minas

Reprodução

O homem preso por assassinar a tiros a esposa na frente da filha de 4 anos e de postar fotos e vídeos do crime no status do Whatsapp ignorou gritos da criança. As informações sobre o feminicídio estão no Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela Polícia Militar (PM) no último domingo (25), no bairro Jardim Vitória, em Patos de Minas, Alto Paraíba de Minas. Após disparar contra a cabeça e o rosto da companheira, identificada como Yasmim Araújo Castro e Silva, 23 anos, Mauro Vinícius Expedito, de 25, atirou contra o próprio rosto, peito e testa, mas não morreu.

Ainda de acordo com BO, o primeiro acionamento sobre o crime foi feito por uma prima da vítima. Ela parou uma viatura da PM que passava pelo bairro e falou que Mauro tinha postado no status de um aplicativo de mensagem uma imagem atirando em Yasmim. No entanto, ela não soube informar o endereço. Pouco tempo depois, vizinhos do casal acionaram a PM via 190 e informaram sobre tiros dados em um imóvel da rua Maria Andrade Ramos. Militares foram até o local e ouviram mais dois disparos e choro e gritos de uma criança.

Os militares retiraram o portão dos trilhos, entraram na garagem do imóvel e viram, pela janela, Yasmim caída no chão e Mauro Vinicius, conhecido como Galo Cego, sentado ao lado corpo. Ele estava armado. Os policiais pediram para Mauro abrir a porta da casa, foram ignorados e deram disparos na porta de vidro e em uma janela para acessar o imóvel.

Já dentro da casa, os policiais encontraram Yasmim sem os sinais vitais e a filha desesperada, dizendo a todo momento que a mãe estava machucada e com sangue.

Já Mauro estava sangrando e com perfurações por arma de fogo. Apesar dos ferimentos, estava lúcido e disse aos policiais que tentou suicídio depois de matar a Yasmim. Ainda conforme Mauro, ele descobriu uma suposta traição.

O conselho tutelar foi acionado e entregou a criança para a avó materna. Mauro segue internado no hospital regional, sob escolta policial.

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